Celebrating 3 years of Musings (NSFW)

Today, when I opened Facebook, I had one of those “memories” reminders with the very first photo I shared of the “Musings” series, posted 3 years ago. And I couldn’t let go this date, without saying a few words. Well… maybe more than a few, because this a delicate and passioned theme, about which I can easily go on for hours. But let me try keeping it short…

3 years… that was fast! I’ve said once and I’ll say it again, one of the reasons this is such a dear project/photo series, is because of what I’ve learned with it, and I’m not talking as a photographer now, I’m talking as a human being.

When I first started it, my goal was to show that I could make nude photos, without crossing that thin line between vulgar and beautiful. 

But what I learned along the way, as I was meeting and shooting women that were total strangers to me (and even when I shot some friends), was what transformed this series into a very interesting learning process to me. A learning process about women’s intimacy, about their frailties, about their fears and insecurities and about how the image they have of their own bodies, affects the way they are as human beings.

Another thing I learned and that surprised me the most, was the reason why some women didn’t want to participate in this series. I would totally be ok, if they denied my invitation because they didn’t like the type of photos I was doing or because they didn’t trust me enough, that would be totally understandable. But what astonished me, was that roughly 90% of the women who refused to participate in this series, did it because of what other people could think, if they ever saw the photos. 

I obviously respect their position, but I can’t help but think how these apparently “small things”, these “small restrictions” we impose ourselves, condition us as individuals. I mean, what type of human being could we be, if we were not conditioned by what other people might think/say of the things we do? (and for the sake of this argument, let’s all assume we are talking about legal stuff, ok?)

As for me, I intend to keep this series going, to keep learning about women and eventually, to somehow, help people understand that a body, is just a body. It’s the vessel of our soul, if you want to get philosophical. It’s the “thing” that holds our organs and that helps us doing whatever our mind wants us to. And it can be something extremely beautiful as well. That’s why painters, sculptors, writers, musicians and many other artists, have been making masterpieces inspired by it for centuries and centuries. 

And as a final note, I couldn’t finish this post, without expressing my gratitude to all the women who have taken part of this series. It doesn’t matter if you did it in an anonymous or public way, I’m deeply grateful for the trust you've placed in me, for the experiences some of you shared and for allowing me to share with the world, how beautiful Women are. Ladies, THANK YOU!

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Hoje, quando abri o Facebook, tinha um daqueles lembretes de “memórias”, com a primeira fotografia da série “Musings”, que partilhei há 3 anos. Achei que não podia deixar passar a data, sem escrever umas quantas palavras sobre isso. Bom, talvez mais que umas “quantas”, porque este é um tema sensível e que me diz muito e sobre o qual poderia falar durante horas. Mas deixem-me ver se consigo resumir os meus pensamentos…

3 anos… demasiado rápido! Já o disse anteriormente e volto a dizê-lo: uma das razões que torna este projecto/série fotográfica tão significante para mim, tem a ver com aquilo que tenho aprendido, e não estou a falar enquanto fotógrafo, mas sim, enquanto ser humano.

Quando comecei a série, a ideia era mostrar que eu conseguia fotografar nus, sem ultrapassar aquela fina linha que separa o vulgar do bom gosto.

Mas o que aprendi ao longo dos vários shootings que fui fazendo e à medida que ía conhecendo mulheres que me eram estranhas (e até mesmo com algumas amigas), foi o que transformou esta série fotográfica, num processo de aprendizagem. Uma aprendizagem sobre a intimidade feminina, sobre as fragilidades das mulheres, sobre os seus medos e inseguranças e como a imagem que têm do seu próprio corpo, afecta directamente aquilo que são enquanto indivíduos, enquanto seres humanos.

Outra coisa que aprendi neste processo e talvez o que mais surpreendeu, foi o motivo pelo qual algumas mulheres rejeitaram participar nesta série. Se o motivo fosse por não gostarem do estilo das minhas fotografias ou porque não confiavam o suficiente em mim, isso seria totalmente compreensível. Mas o que me surpreendeu, foi que cerca de 90% das mulheres que rejeitaram, fizeram-no porque tinham receio do que outras pessoas poderiam pensar/dizer delas, se algumas vez vissem as fotografias.

Naturalmente que respeitei a posição delas, mas não pude deixar de pensar como estas “pequenas coisas”, estas “pequenas restrições” que impomos a nós próprios, nos condicionam enquanto indivíduos. Ou seja, que tipo de ser humano poderíamos nós ser, se não estivéssemos condicionados/preocupados com aquilo que outra pessoa pode pensar/dizer sobre aquilo que fazemos? (e para bem deste argumento, vamos assumir que estamos a falar de coisas legais, ok?)

Seja como for, tenciono continuar com esta série, continuar a aprender mais sobre as mulheres e, de alguma forma, espero poder contribuir para que as pessoas percebam que um corpo, é apenas um corpo. É o invólucro na nossa alma, se quisermos ser filosóficos. É a aquilo que acondiciona os nossos órgãos e que nos permite fazer aquilo que o nosso cérebro quer. E pode ser algo extremamente bonito também. Não é por acaso que pintores, escultores, escritores, músicos e muitos outros artistas, têm vindo a criar obras de arte ao longo de séculos, inspirados precisamente no corpo humano.

E como nota final, não podia terminar este post, sem expressar a minha gratidão a todas as mulheres que têm participado nesta série. Não interessa se o fizeram de forma anónima ou pública. Estou profundamente agradecido por terem confiado em mim, pelas experiências que algumas de vocês partilharam comigo e por me permitirem partilhar com o mundo, o quão bonita é a Mulher. Minhas caras, MUITO OBRIGADO!

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PersonalGoncalo M. Catarino2018, MusingsComment